8 de junho de 2013

Governo dos EUA grampeia gigantes da internet

A ação de espionagem seria a maior da história da internet, é o que dizem as edições da última sexta-feira (07) do Washington Post e do Guardian. Este afirma ter obtido um documento confidencial que detalha o programa de espionagem.

Primeira página do documento confidencial.

A National Security Agency (NSA) é autora do documento em formato de uma apresentação do PowerPoint com 41 slides, cuja autenticidade foi verificada pelo Guardian. O documento foi classificado como segredo máximo com distribuição proibida a aliados estrangeiros.

O esquema, de codinome PRISM, é mantido pela NSA e está em operação desde 2007, monitorando todas as comunicações (e-mails, chats, posts, vídeos, fotos, etc.) que passam pelos sistemas das seguintes empresas: AOL, Apple, Facebook, Google, Microsoft (inclui Hotmail e Skype), Paltalk e Yahoo!.

Logo do programa PRISM da NSA.
O grampo é feito de maneira automática, sem mandado judicial, e afeta todos os usuários das empresas – inclusive aqueles que não moram nos EUA. Algo sem precedentes na história da internet. 

Algumas das maiores marcas de internet do mundo são requisitadas a fazerem parte do programa de compartilhamento de informações.

A Microsoft – que tem uma campanha publicitária com o slogan "Sua privacidade é nossa prioridade" – foi a primeira, com início da coleta em dezembro de 2007.

Após ela, aderiram ao programa: Yahoo! em 2008; Google, Facebook e PalTalk em 2009; YouTube em 2010; Skype e AOL em 2011; e, finalmente, a Apple em 2012. Coletivamente, as empresas cobrem a grande maioria das redes de e-mail, busca, vídeo e comunicações.

Cronologia do início da coleta de cada empresa/serviço.

Procuradas pelo Guardian e pelo Post, as empresas negaram tudo. O Google afirmou que não tem “passagem secreta” para as autoridades, e um porta-voz da Apple disse que nunca ouviu falar do assunto.

Mas é bastante provável que o esquema exista, pois a NSA tem intensificado muito suas ações de espionagem – recentemente, descobriu-se que ela grampeou milhões de ligações de celular e, em um ato de especial ousadia, a redação da agência Associated Press.

Referências: Guardian, Super Interessante e Washington Post.

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