4 de maio de 2013

Adzuna chega ao Brasil

Espécie de Google para busca de empregos, a Adzuna acaba de lançar uma versão brasileira. A startup se tornou conhecida na Europa por fornecer dados sobre o mercado de trabalho para o “Number 10 Dashboard”, um aplicativo criado pelo gabinete de governo de David William Donald Cameron para que ele acompanhe em tempo real informações sobre a economia do Reino Unido. Desde então, o governante e seu tablet são inseparáveis – e o sistema ganhou fama nas páginas dos jornais de Londres.


Uma companhia startup (ou start-up) é uma empresa nova, geralmente recém-criada, que conta com projetos promissores, ligados à pesquisa, investigação e desenvolvimento de ideias inovadoras. São empreendimentos com baixos custos iniciais e são altamente escaláveis. Essas empresas, normalmente de base tecnológica, possuem espírito empreendedor e uma constante busca por um modelo de negócio inovador. Algumas empresas, como o Google, são consideradas startups.

“Planejamos entrar em contato com o PT e oferecer o desenvolvimento do aplicativo de graça para eles”, diz Doug Monro, um dos fundadores da Adzuna. “Ouvimos falar que o Cameron quer se exibir com o aplicativo no próximo encontro do G-20. Então, sem dúvida, a presidente Dilma vai olhar e querer um”. Monro, de 38 anos, é um ex-executivo do eBay que fundou a startup em 2011 junto do colega Andrew Hunter, de 31 anos.

Andrew Hunter (esquerda) e Doug Monro (direita) em Londres.

No Reino Unido, a empresa tem de 1,5 milhão de visitas por mês e também faz buscas por anúncios de carros e imóveis. O negócio recebeu cerca de R$ 2,5 milhões em investimento dos fundos Index Ventures, Passion Capital e Accelerator Group. Sem revelar valores exatos, os sócios dizem que a receita da Adzuna cresceu 200% desde o ano passado.

Com dinheiro nas mãos e o primeiro-ministro David Cameron como garoto-propaganda, a startup decidiu iniciar a sua expansão internacional por cinco países: África do Sul, Alemanha, Austrália, Brasil e Canadá. “Os brasileiros em busca de emprego estavam pedindo um serviço melhor. Fizemos muitas pesquisas e vimos no Brasil uma grande oportunidade”, diz Monro. A startup diz ter mais de 70 mil vagas na versão brasileira do seu site.

O modelo de negócio prevê a obtenção de receita a partir do tráfego enviado para outros sites de empregos e pela venda de anúncios premium. Os sócios não revelam o investimento no país, mas dizem estar fazendo um pesado investimento na área de marketing. “Vamos trazer tráfego para o site inicialmente com SEO, mídia social, parcerias e relações públicas – esta última nos ajudando a divulgar dados do mercado de trabalho brasileiro”, diz Monro.

Como funciona

A ferramenta é simples: após acessar o endereço da Adzuna Brasil, o usuário preenche a vaga de interesse e/ou a cidade onde quer trabalhar (imagem abaixo). O sistema faz uma varredura pela internet e reúne todos os resultados em uma única página.


Início

A ideia de criar a Adzuna veio da constatação de que o mercado de classificados de emprego na internet é muito fragmentado e complicado de se navegar. Após trabalharem em algumas empresas de classificados online, os sócios da empresa decidiram criar um sistema no qual os usuários pudessem pesquisar todos os anúncios em um único lugar.

Concorrência

Um dos principais concorrentes mundiais da empresa é o buscador de empregos Indeed.com. Criado em 2004, ele está presente em mais de 50 países e tem 100 milhões de visitantes únicos por mês. A Trovit, que também cobre anúncios de carros e imóveis, tem outra grande fatia do mercado e presença em 28 países. Ambos possuem versão brasileira.

Para se diferenciar, a Adzuna aposta em uma ferramenta social integrada ao Facebook e LinkedIn por meio da qual os usuários podem localizar conexões nas empresas de seu interesse e tentar sair na frente de outros candidatos. A meta no Brasil é alcançar, em 18 meses, o mesmo número de visitantes por mês do Reino Unido. E, se possível, com uma ajudinha da presidente.

Referência: Estadão.

Nenhum comentário:

Postar um comentário